marcos 7:24-28

Marcos 7:24-28: “Levantando-se, partiu dali para as terras de Tiro [e Sidom]. Tendo entrado numa casa, queria que ninguém o soubesse; no entanto, não pôde ocultar-se, porque uma mulher, cuja filhinha estava possessa de espírito imundo, tendo ouvido a respeito dele, veio e prostrou-se-lhe aos pés. Esta mulher era grega, de origem siro-fenícia, e rogava-lhe que expelisse de sua filha o demônio. Mas Jesus lhe disse: Deixa primeiro que se fartem os filhos, porque não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. Ela, porém, lhe respondeu: Sim, Senhor; mas os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem das migalhas das crianças.”

A evidente aspereza da resposta do Senhor à súplica da mulher cananéia para a filha se explica no fato de que ela era alheia à aliança, mas ao mesmo tempo frisa o assunto da soberana graça de Deus em eleição.

A resposta de Jesus tem um tom duro: os judeus usavam “cachorrinhos” como termo pejorativo em relação aos gentios, que eles consideravam tão impuros como os “vira-latas” que reviram os lixos nas ruas.

A palavra-chave na narrativa é “primeiro” (7:27), que deixa espaço para um ministério posterior aos gentios. Jesus, em seu papel, era primeiro Messias dos judeus e depois Salvador do mundo (veja como Paulo levava primeiro o evangelho aos judeus e depois aos gregos em Atos 13:46).
Jesus elogiou a fé persistente dessa mulher “impura” que sabia que tinha de haver lugar para ela na graça de Deus.